Proposta de redação sobre LGBT+ no Brasil

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema OS DESAFIOS DE SER LGBTT NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.





TEXTO I - 
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/album/2014/06/11/charges.htm>. Acesso em 02/07/2016
  

TEXTO II - Com 600 mortes em seis anos, Brasil é o que mais mata travestis e transexuais

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes no país, segundo pesquisa da organização não governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), rede europeia de organizações que apoiam os direitos da população transgênero.

Infelizmente, são pouquíssimas [transexuais e travestis] que conseguem passar dos 35 anos de idade e envelhecer. Quando não são assassinadas, geralmente acontece alguma outra fatalidade”, conta Rafaela Damasceno, transexual que luta pelos direitos dessa população.

Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, publicado, em 2012, pela Secretaria de Direitos Humanos (hoje Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos) apontou o recebimento, pelo Disque 100, de 3.084 denúncias de violações relacionadas à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros), envolvendo 4.851 vítimas. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 166% no número de denúncias – em 2011, foram contabilizadas 1.159 denúncias envolvendo 1.713 vítimas. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-11/com-600-mortes-em-seis-anos-brasil-e-o-que-mais-mata-travestis-e>. Acesso em 28/06/2016


TEXTO III - Segundo o banco de dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), atualizados diariamente no site QUEM A HOMOTRANSFOBIA MATOU HOJE, 318 LGBT foram assassinados no Brasil em 2015: um crime de ódio a cada 27 horas: 52% gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais. A homofobia mata inclusive pessoas não LGBT: 7% de heterossexuais confundidos com gays e 1% de amantes de travestis. https://homofobiamata.wordpress.com/

Proporcionalmente, as travestis e transexuais são as mais vitimizadas: o risco de uma “trans” ser assassinada é 14 vezes maior que um gay, e se compararmos com os Estados Unidos, as 119 travestis brasileiras assassinadas em 2015 em comparação com as 21 trans americanas, têm 9 vezes mais chance de morte violenta do que as  trans norte-americanas. Segundo agências internacionais, mais da metade dos homicídios contra transexuais do mundo, ocorrem no Brasil. http://www.transrespect-transphobia.org/en_US/tvt-project/tmm-results/idahot-2015.htm



PERFIL REGIONAL

Os estados que mataram o maior número de LGBT em termos absolutos foram São Paulo, com 55 assassinatos e Bahia, 33. Se compararmos porém com a população total, Mato Grosso do Sul é o estado mais homofóbico, com 6,49 de homicídios para cada 1 milhão de pessoas, seguido do Amazonas, com 6,45. Para a população total do Brasil, o índice de assassinatos de LGBT é de 1,57 para cada milhão de habitantes.

Foram documentadas mortes violentas de LGBT em 187 cidades brasileiras, incluindo pequenos centros urbanos, como Ibiá, Ba, com 7 mil habitantes, sendo raras as mortes na zona rural: a capital mais homofóbica de 2015 foi Manaus, com 23 assassinatos – 11,3 mortes para cada milhão de habitantes, seguida de Porto Velho, cujas 5 mortes representam 10,1 por um milhão. Uma travesti e um gay brasileiros foram assassinadas no exterior, Espanha e Estados Unidos. Foram incluídos também 5 suicídios de homossexuais masculinos.

Em termos regionais, dos 318 assassinatos documentados em 2015, o Nordeste continua liderando a violência em números absolutos com 106 óbitos, seguido do Sudeste com 99, o Norte com 50, Centro-Oeste 40 e 21 no Sul. Porém, se compararmos com o total da população regional, o Norte foi a região mais homotransfóbica, com 2,9 assassinatos para cada 1 milhão de habitantes, seguido do Centro-Oeste com 2,6, Nordeste com 1,8, Sudeste com 1,1 e Sul com 0,7 – sendo a média do Brasil 1,5 e o Distrito Federal, 2,1. Disponível em: <https://grupogaydabahia.com.br/2016/01/28/assassinato-de-lgbt-no-brasil-relatorio-2015/>. Acesso em 03/07/2016


TEXTO IV - Brasil amarga o preço da intolerância e lidera ranking de violência contra homossexuais

O país registra uma morte a cada 28 horas. Só no ano passado, 312 gays, lésbicas e travestis foram mortos, a maioria com requintes de crueldade

(…) Avelino Furtado, de 59 anos , agrimensor, pai de Lucas Furtado, jornalista e militante LGBT, assassinado aos 28 anos

“A orientação sexual não tem nada a ver com o caráter da pessoa. Aprendi a amar mais ainda meu filho no dia em que descobri que ele não era o machão que a sociedade queria que ele fosse, mas era um grande homem. Um dos melhores que já conheci. Infelizmente, teve sua vida arrancada logo cedo por causa do preconceito, da homofobia. Como meu menino, muitos outros estão sendo mortos por aí, da mesma maneira cruel, pelos mesmos motivos. Sofro muito, Não podemos aceitar que isso continue acontecendo.” Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2014/09/22/interna_nacional,571621/brasil-amarga-o-preco-da-intolerancia-e-lidera-ranking-de-violencia-contra-homossexuais.shtml>. Acesso em 02/07/2016




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