Proposta de redação sobre o trabalho escravo

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “TRABALHO ESCRAVO DO PASSADO NO PRESENTE”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 


TEXTO I -  
FOTO: ARTE/GAZETAWEB



TEXTO II -  SENZALA MODERNA: Alagoas se transforma em exportador de mão de obra escrava 



As correntes são invisíveis. Os açoites dão lugar ao medo e à intimidação. Mas, muitas vezes, ela surge disfarçada de oportunidade. Apesar de oficialmente extinta em 1888, a escravidão ainda é uma realidade para centenas de trabalhadores que são levados para fora do estado com a promessa de um emprego digno. Os órgãos de fiscalização apontam que, entre os anos de 2003 e 2017, mais de 1.400 alagoanos foram resgatados vivendo em condições análogas a de escravo contemporâneo em outras unidades da federação. 
 

A prática é vedada pelo Código Penal e pode implicar em punições que vão de dois a oito anos, além do pagamento de multas e do acréscimo de pena por eventuais atos violentos. No entanto, a vulnerabilidade social e a falta de políticas públicas fazem com que aliciadores se aproveitem da situação e "exportem" grupos de trabalhadores, sobretudo para outros estados do Nordeste e para a região Norte.



O grande número de resgates fez com que Alagoas se tornasse o 10º maior exportador de mão de obra escrava do Brasil em números absolutos. Se considerada a proporcionalidade populacional, esse indicador é ainda mais expressivo, já que o estado é uma das menores unidades federativas do país.


Os locais que mais recebem os trabalhadores, segundo dados da Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho, são Pernambuco, Maranhão, Bahia, Pará, Minas Gerais e Mato Grosso. Em comum, eles contam com áreas de mata distantes dos centros urbanos, o que possibilita que a exploração aconteça sem que as autoridades percebam.


A migração, comumente, acontece durante períodos de entressafra ou durante secas prolongadas. A necessidade de sustento da família faz com que os trabalhadores deixem suas casas e sigam em busca de oportunidades. Muitos sequer sabem o que vão encontrar no novo destino, mas acreditam nos chamados aliciadores, pessoas que fazem a intermediação entre quem explora e quem será explorado.



Isso não quer dizer, no entanto, que não haja registros de casos em Alagoas. Um levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revela o resgate de 770 trabalhadores no estado entre 2003 e 2017 - metade do número de exportados. Os casos foram registrados em Colônia Leopoldina, Penedo, Flexeiras, Rio Largo, Roteiro e União dos Palmares.

Disponível em: <http://gazetaweb.globo.com/portal/especial.php?c=30149>. Adaptado. Acesso em 15/04/2017  


TEXTO III - Trabalho escravo: “Há fazendas com hospitais para o gado, mas o trabalhador não tem nem água tratada”


Procurador-geral do Trabalho diz que lista de trabalho escravo, publicada outra vez após três anos, é pedagógica

Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/29/politica/1490822084_983546.html>. Adaptado. Acesso em 16/04/2017
















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